Depois de perguntar para famosos e célebres o que é ser fashion, saímos à caça de opiniões sobre o que é, de fato, ser brega. Com ajuda do dicionário, a gente descobre que o termo é sinônimo de deselegante, cafona e gosto duvidoso, para não dizer mau gosto.
Hoje, ser brega não significa apenas se vestir mal e escolher as peças como se estivesse de olhos fechados. A atitude também pode ser brega.Pelo menos é o que pensa a atriz Rachel Ripani, que vive a Tatiana na novela “Caras e Bocas”, da Globo. “Brega é ostentação. Se você tem dinheiro, tudo bem, mas ficar mostrando as coisas caríssimas que tem é definitivamente brega!” Bernando Melo, que ficou conhecido como o Cauã, de “Malhação”, acha que ser brega é ficar falando sobre a vida dos outros. “Isso geralmente parte da inveja ou da falta do que fazer”, diz. Luiza Gott , ex-apresentadora da Play TV, também tem a opinião forte quando o assunto é atitude. “Brega é seguir aquilo que os outros querem que você siga”, fala. A apresentadora comercial do “Domingão do Faustão”, Adriana Colin, acha que ser brega é desrespeitar a natureza, os idosos, as crianças, os animais. “É ter pré-conceito, ser arrogante e orgulhoso, além de tomar atitudes desrespeitosas consigo mesmo e com o próximo. Achar que é, de alguma forma, melhor que os outros, é muito brega!”
Mas como é impossível não pensar em moda quando se fala em ‘brega’, algumas estilistas definiram o termo, a pedido do Vila Fashion. Marisa Galhardo explica que a pessoa se torna brega quando não tem noção das suas proporções. “O exagero em qualquer ocasião, faz com que a pessoa se torne brega”, afirma a estilista. Segundo ela, saias muito curtas, decotes muito profundos, calças muito justas e cores em excesso, por exemplo, devem ser evitados. “Acho que o brega e o vulgar se confundem e a proporção, nesse caso, é fundamental”, completa.
Para Marisa, não há regra na hora de se arrumar, mas obedecer às proporções é mesmo fundamental. “Pernas grossas ficam melhores com calças mais amplas e saias não tão curtas nem justas. Para a mulher com busto grande, vale valorizar o decote, mas sem exagero. Peças volumosas pedem uma silhueta mais longilínea e magra e, para as mais cheinhas, vale apostar em peças com menos volume e não tão justas”, ensina.
A estilista Renata Mahaz acha que não existe um significado exato para esse ‘adjetivo’. “Para mim, brega é quem não tem educação, estilo, quem não sabe coordenar nada com nada e, mesmo quando coloca uma roupa boa, não fica legal, porque está na essência da pessoa! Quem nasce brega, morre brega!” Com essa opinião forte, a dica dela não podia ser diferente: “cada um tem suas regrinhas pessoais. O que fica lindo numa pessoa, pode ficar péssimo em outra. O que importa é ter bom senso sempre!”
Estilista Gláucia Stanganelli. Foto: divulgação.
Para Gláucia Stanganelli, responsável pelas coleções da Philosofée, brega é seguir regras, vestir algo que não tenha a ver com a atitude da pessoa, que não combine com seu estado de espírito. “Cada indivíduo tem uma harmonia de acordo com o que é, sente, se comporta”.
Atores e atrizes, sempre no meio do mundo fashion, também sabem falar de moda. Giselle Policarpo, que interpreta a Cléo, na novela de Promessas de Amor, da Record, acha que ser brega é seguir qualquer moda que não condiz com o próprio estilo. “É se vestir ou fazer algo que não combina com você só porque está na moda. Nada mais elegante do que se sentir a vontade, ser autêntica e transparente.”
Para Carolina Magalhães, que apresenta o reality “Simple Life”, da Record, ser brega é tentar se espelhar na moda para obter um estado de espírito. “De fato não se veste, fantasia-se. E claro, se torna brega”, diz.
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