Carolina Ferraz. Foto: divulgação.
De acordo com o dicionário, a palavra elegância refere-se a uma qualidade atribuída às pessoas que possuem graça na maneira de ser, encanto no porte e no trajar.
Os conceitos chique e elegante se fundem. Ser chique, por exemplo, é chamar a atenção sendo o mais discreto possível. É transmitir o melhor de você de maneira apurada. "Também recebe essa definição a mulher que consegue dizer quem é por meio do que veste, que usa um look bastante comportado e consegue ser a pessoa mais sexy do ambiente", explica Cris Vieira, personal stylist. Uma celebridade que traduz bem esse jeito natural de ser chique até de havaianas é Carolina Ferraz.
Para quem quer se adequar às descrições acima, uma boa notícia: a profissional explica que existe sim um look básico que a mulher pode montar para ficar elegante. O segredo é unir peças básicas com acessório de ‘peso’. Por exemplo: o duo de cores branco e preto com lenço ou echarpe. Ou ainda uma calça pantalona preta, camisa branca, lenço, sapatilhas e óculos grandes e pretos. O modelo e o tecido também ajudam a descrever uma peça elegante. "No primeiro caso, nos atentamos à modelagem e à qualidade dos acabamentos. Já o tecido é avaliado pelo caimento, principalmente", diz.
Depois de ler a dica a seguir, dê uma boa olhada no seu guarda-roupa. Se alguma dessas peças estiver faltando, é bom pensar em investir nesses itens na próxima compra. "Trench-coat, calça pantalona, saia lápis, camisa branca, echarpes, vestido envelope e peep toes são algumas peças que não podem faltar na lista de vestuário de uma mulher elegante. Acessórios que transmitam a idéia de delicadeza ou jóias também", enumera Cris.
A professora Cristiane Rodrigues de Almeida, de 39 anos, dá aulas para alunos da 4ª série do Ensino Fundamental. Preocupada em se manter elegante, ela determina o look do dia de acordo com a aula que vai ministrar. "Quando eu dou aulas de educação física, evito certos trajes pouco funcionais, como saia ou vestido, por exemplo. E dentro da sala de aula, não uso salto alto nem decotes", explica. "O deselegante dentro da minha profissão é chamar mais atenção para você mesma do que para o que pretende ensinar", acredita.
Cristiane ressalta que dentro da sala de aula ela acaba virando referência para os alunos. "Eles reparam nas cores que você usa e até nos menores acessórios, como brincos e pulseiras", conta. Por isso, a professora afirma que é preciso não somente se vestir de maneira adequada, mas também usar o traje que se aproxime da realidade dos alunos. "Calça jeans, sapatilha ou salto baixinho são bem-vindos. Agora se você usar uma saia social e uma meia-calça, por exemplo, vai criar uma barreira entre você e os alunos e os afastar".
As pessoas se esquecem de usar o bom senso e exibem looks que não respeitam as regras do tipo físico estão no topo da listas dos deselegantes. Para Cris Vieira, uma roupa que destoa do ambiente e da situação também passa longe do conceito de elegância. "Um look perfeito é acompanhado de salto, mas com uma mulher que não saiba andar com esse tipo de calçado, então, nem se fala", diz.
Cada empresa costuma estabelecer seu padrão de vestimenta. É assim que Ormy de Castro Poubel, 39 anos, formada em Administração de Empresas, pensa. Mas garante que não é elegante usar decotes, mini blusas e minissaias no Departamento Administrativo da universidade onde trabalha. "Em dias quentes, eu procuro usar vestidos longos e saltos, porque acho chique. Em outros momentos, procuro mesclar: uso calça jeans com uma blusa mais moderna, mas sem exageros", conta.
Sobre acessórios e maquiagem, Ormy tem a mesma opinião. "O batom e a sombra devem ser leves e o perfume não pode ser forte demais. Nos acessórios, eu procuro equilibrar também: se uso um colar grande, coloco brincos bem pequenos. E se uso brincos grandes, deixo de lado os colares", diz.
Quem acompanha a moda sabe: o que ontem era brega ou inadequado, agora é chique. Hoje usamos brilho de dia, jeans em momentos de luxo e botas pesadas com vestidos de festa. "À medida que se torna tendência, e posteriormente transforma-se em moda, as pessoas ‘absorvem’. Até mesmo sugestões não tão elegantes tornam-se consumidas", afirma. Cris lembra que o mix de estampas que é sugerido para este inverno como tendência era um forte exemplo de deselegância até pouco tempo. "Esse traje era super errado, pois a regra era usar uma peça estampada com outra lisa para acertar", lembra a personal stylist. "As roupas ‘podrinhas’, atuais hits nas prateleiras, são outro exemplo. Estas peças, compradas com carinha de gastas, furadinhas, puidinhas, eram descartadas. Hoje ‘passeiam’ em vários estilos", declara.
Quem atua no ramo da publicidade, por exemplo, costuma usar e abusar de liberdade e criatividade na hora de se vestir. Adriana Santos de Menezes, 28 anos e trabalha nessa área e aposta que a elegância está nas roupas informais e modernas. "Na agência onde trabalho, as meninas usam sapatilhas e sandálias. Não se usa blazer, por exemplo. Bacana na minha área é caprichar nos acessórios, como colares coloridos e bolsas grandes", diz. A moça explica que em reuniões com cliente, a equipe procura usar roupas mais comportadas, mas sempre combinadas com peças estilosas. "Se optamos por uma calça social, escolhemos uma blusa descolada. E se colocamos um sapato mais clássico, tomamos a liberdade de ousar nos acessórios." Mas faz uma ressalva: "O que não pode mesmo é usar chinelo. A informalidade sempre tem um limite".
A profissional ratifica que elegância é sinônimo de simplicidade. Por isso, roupas que transmitem um estilo excessivamente sexy ou criativo não entram nessa denominação. Como exemplos, temos mini blusas, minissaias, estilo hippie, super decotes, mini shortinhos na cidade e transparências. "Também é importante cuidar da postura. De nada adianta vestir um look elegante se a postura não é correta. A roupa é uma extensão da pessoa, e deve transmitir quem ela realmente é", acredita. E aconselha: "Procure criar looks que ressaltam seus pontos fortes e disfarcem seus pontos fracos. Priorize a qualidade e não quantidade. A elegância vem sempre acompanhada de discrição".Carolina Ferraz. Foto: Ernani D'Almeida.
- Saiba o que usar e o que deixar de lado na hora de exibir sua elegância:
- No trabalho: use roupas com propostas discretas (na cor de modelagem) e dispense o exagero na maquiagem, nos decotes e nos comprimentos.
- Numa festa: abuse de roupa fashion, com inteligência e criatividade e evite roupas antiquadas que denunciam que estavam guardadas há séculos. Isso não acontece com as peças clássicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário