Se a gente pudesse, andava com um manualzinho de moda a tiracolo, pra saber o que vestir, quando comprar (ou se desfazer de algo), como combinar.
Para Manu, antes de qualquer coisa, é preciso saber comprar. Segundo ela, algumas ocasiões são mais propícias, como o início de uma coleção ou uma liquidação, por exemplo. A primeira é mais difícil, já que nem tudo emplaca mesmo e você pode ir pra casa com uma peça que não vai ser hit de moda. "Mas é a melhor hora para fazer compras porque todas as peças na loja, todas as numerações disponíveis, todas as cores, tudo a seus pés", lembra. Se a escolha for por liquidação, a beleza fica por conta dos descontos. Não vale sofrer porque nem todos os tamanhos ou modelos estão disponíveis, ok?
Outra situação que pode ser ideal para compra é quando você precisa mesmo de algo, como um vestido para um casamento ou um modelito novo para uma entrevista de emprego. "Quando isso acontece, o ideal é comprar com o máximo de antecedência, uma vez que comprar roupa com pressa traz alguns malefícios, como garantia de nervosismo, escolhas equivocadas e preços altos", alerta.
Decidido o momento da compra, tenha em mente o que você gosta e o que realmente está precisando. "Quem tem estilo e essa consciência consome melhor, com mais qualidade e menos quantidade", garante Manu. Mas saiba que essa noção se adquire com experiência, maturidade e tempo. "Ninguém nasce sabendo, é um exercício e uma conquista que sempre dá para aprimorar".
Com a mente preparada, vale preparar o argumento para encarar o vendedor. Antes de ele mostrar tudo pra você, dê uma olhada nas araras e analise combinações de looks. Aí, leve ao provador o que planeja comprar para experimentar com calma. "Não gosto de ter a vendedora ao meu lado, emitindo opiniões. Prefiro-a no estoque, procurando peças com numerações e com as cores de que preciso", diz Manu. "Se a vendedora tiver dicas de moda ou ajudar na escolha das peças, é ótimo trocar ideias. O bom vendedor é aquele que nos ajuda a encontrar o que procuramos com a melhor relação custo-benefício".
Lá no provador, lembre de se analisar por inteiro, olhe bem no espero de frente, de lado e de costas. "Na hora de analisar se a peça ficou boa, avalie se ficou bonita no corpo, como é seu caimento, se é ou não confortável, e preste atenção ao comprimento das barras e das mangas, além de checar as proporções e se as cores da peça escolhida combinam entre si", ensina.
Cesta básica
A cesta básica de roupas precisa ter o famoso vestido preto, a camisa branca e o scarpin. Mas como não existe apenas um estilo, não dá pra generalizar. "Cada um exige diferentes peças básicas que possam ser usadas nas mais variadas ocasiões", diz a personal stylist.
A cesta básica de roupas precisa ter o famoso vestido preto, a camisa branca e o scarpin. Mas como não existe apenas um estilo, não dá pra generalizar. "Cada um exige diferentes peças básicas que possam ser usadas nas mais variadas ocasiões", diz a personal stylist.
Manu define que ter estilo, mais do que estar na moda, é traduzir o que realmente se é, por meio de roupas que se tornam a "segunda embalagem", do cabelo, da maquiagem, da casa e das escolhas feitas. "O estilo, quando é legítimo, transmite a opinião da pessoa e sua atitude. É importante observar que o estilo das pessoas muda constantemente, não só porque a moda se transforma, mas porque o estilo de vida das pessoas muda".
Para quem acha que moda de verdade só existe nas passarelas, é bom sabe que ela se cria as ruas, todos os dias. "É só saber dosar as informações para não exagerar. Para não cair na mesmice, aconselho que cada um faça um esforço para variar as peças de roupas e também os conceitos", ensina. Nesse caso, um guarda-roupa bem arrumado com o máximo de peças expostas ajuda a lembrar das peças que se tem, facilitando o trabalho de fazer novas combinações. "Ver revistas e livros de moda, tentando copiar os looks que gosta, é uma ótima opção para aprender diferentes combinações de peças".
Além disso, é possível aprender muito com o que se vê na telinha. "Podemos considerar também a influência das novelas, que sempre foram uma vitrine para a moda", aponta Manu. "No Brasil, a cultura da novela é tão forte que, o que está na moda sempre aparece nas novelas e o que aparece nas novelas, mesmo independente das passarelas, também pode virar moda".
Dica importante é que, independente do estilo ou da fonte de informação escolhidos, qualquer um pode se beneficiar dos clássicos, os modelos atemporais que nunca saem de moda. "As linhas desses looks são eternizadas na história, na música e no cinema. A função dessas peças é deixar a composição bonita de maneira simples, tornando-as especial". Confira abaixo a lista de peças coringas relacionadas por Manu que ficam bem em todos os estilos!
- ternos: preto, branco e cáqui- tailleurs: preto, branco e cáqui
- camisa branca
- twin sets e cardigans coloridos
- casaco 7/8 e trenchcoat
- jaqueta perfecto
- camisetas branca e preta
- regatas branca e preta
- calça jeans
- calça skinny
- calça pantalona
- sandália rasteira
- sapato de salto fino
- scarpin
- bota de cano alto
Nenhum comentário:
Postar um comentário